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Plano de reestruturação: a conta do desinvestimento chegou

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    SINTECT-PE
  • há 53 minutos
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A direção da Empresa de Correios e Telégrafos anunciou o novo plano de reestruturação da companhia com metas para os próximos 12 meses, que visam, segundo a gestão Emmanoel Rondon, “sustentabilidade e função pública da estatal”. No entanto, a conta para alcançar esta estratégia será cobrada mais uma vez do principal ativo da empresa, os trabalhadores.


O plano divulgado pelos Correios está sustentado pela disponibilidade de um aporte financeiro que chega até R$ 20 bilhões, fruto de uma operação de crédito entre bancos privados, que terá a União como fiadora. A princípio, a ideia seria que esse dinheiro teria origem no Tesouro Nacional, porém, não teve aval da equipe econômica do governo, que cogita acionar a Empresa Gestora de Ativos (Engea) e a Caixa Econômica Federal, para capitalizar ativos imobiliários dos Correios.


Mas essa injeção financeira terá um alto custo para a operação dos serviços postais públicos do país. A começar pela venda de postos de atendimento e infraestrutura tecnológica, e é aqui onde entram a Engea e CEF, que assumiriam estes ativos para privatizá-los posteriormente. Eis o tal “modelo de negócios”, termo muito utilizado pelo governo federal, quando o assunto é privatizar ativos públicos.


Outra medida desse modelo de negócios apresentado pelo Rondon é o enxugamento do quadro de funcionários com um novo Programa de Demissão Voluntária, que prevê menos 10 mil trabalhadores no efetivo. Menos trabalhadores significa mais pressão sobre os funcionários e mais adoecimento, por consequência, mais afastamentos médicos, licenças, passivos judiciais e redução de produtividade.


Ainda sobre os trabalhadores, recaem expectativas de ataques ao Plano de Saúde e a insistência da administração pela suspensão temporária das férias de 2025.


Há resistência: em defesa dos Correios público, em todo território nacional


As representações sindicais dos trabalhadores ecetistas estão em alerta e programam a realização de uma avaliação criteriosa dessas medidas nas próximas assembleias do dia 2 de dezembro. Rejeitam enfaticamente cortes em direitos e remunerações, destacando que caso isto venha a ocorrer, uma greve nacional não está descartada.


Sindicatos entendem que, apesar de ter saído da “alça de mira” da privatização, que entre os anos de 2018 até 2023, empurrou para o abismo a empresa que trazia resultados positivos desde o ano 2000, ainda há uma disputa dentro do governo que tensiona uma ofensiva privatista.


A resistência passa por decisão política. O modelo de negócio que se requer aos Correios nesse momento demanda considerar, tal como exposto pela própria empresa: “os Correios permanecem como o único operador capaz de atender todos os municípios, inclusive regiões remotas onde a presença do Estado é vital”. Logo, a estratégia requer investimento de longo prazo, concurso público, modernização tecnológica, estruturação de frota.


Medidas de curto prazo não resolvem o caos instalado, apenas aprofundam a tensão interna e externa.


Sintect-PE, 21 de novembro de 2025

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