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[6º CONTECT] Moções aprovadas

Contra as perseguições e medições na ECT

Não bastassem todos os ataques do governo que quer privatizar os Correios, com a ofensiva de um verdadeiro desmonte, agora os lutadores estão se deparando também com a volta das perseguições, punições e medições. Tudo isso tem objetivo de silenciar os que lutam. Sabemos que trabalhamos na maioria das vezes sem mínimas condições, e quando nos mobilizamos por nossos direitos e condições dignas, viramos os alvos favoritos.

O excessivo número de processos administrativos que assola diferentes setores dentro da ECT, indica que este procedimento está sendo cada vez mais usado como ferramenta para intimidar e demitir trabalhadores. Curiosamente, as punições atingem sempre os ativistas e os que têm voz ativa para questionar e cobrar. Mas não calarão os que ousam lutar.

Repudiamos veemente as perseguições, as punições e as demissões nos Correios e, em solidariedade aos companheiros, denunciaremos essas práticas em todos os fóruns e encontros do movimento e usaremos de todos os instrumentos possíveis para tentar reverter esta situação, com medidas jurídicas e políticas.

Neste sentido, o VI CONTECT-PE aprova repúdio à direção dos Correios, na pessoa do Sr. Guilherme Campos e seus apadrinhados políticos, e exige:

O Fim das perseguições, das punições, dos processos criminais e administrativos contra os que lutam!

Imediata reintegração de todos demitidos!

Fora Guilherme Campos, Kassab e Temer

Enviar esta Moção ao: Presidente -Guilherme Campos Júnior -e-mail: presidencia@correios.com.br Heli Siqueira de Azevedo- Vice-Presidente de Gestão de Pessoas – e-mail: vigep@correios.com.br

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De apoio à liberdade de Rafael Braga

Em 2013, Rafael Braga foi preso, torturado, condenado e enquadrado na Lei Antiterrorista, por conter em sua mochila um litro de água sanitária e um detergente Pinho Sol, durante as manifestações nas Jornadas de Junho na região da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Negro, pobre e morador de favela, Rafael Braga trabalhava como catador de latinhas para se sustentar e ajudar a família.

Os policiais que o prenderam alegaram que ele portava líquido explosivo, porém o laudo pericial comprovou que era a água sanitária e o pinho sol eram apenas materiais de limpeza. Rafael Braga foi condenado a pena máxima 5 anos e 10 meses de reclusão. E, diferentemente dos outros 56 detidos nas manifestações, Rafael permaneceu detido até ser julgado e foi o único sentenciado.

Rafael foi preso novamente em 2014, enquanto cumpria regime semiaberto, usando tornozeleira. Os policiais forjaram flagrante, segundo Rafael, que afirma não estar portando drogas. Na versão dos policiais, ele detinha 0,6 gramas de maconha e 9 gramas de cocaína. Isto lhe custou a condenação despachada pelo juiz Ricardo Coronha Pinheiro no último dia 20 de abril, impondo uma pena de 11 anos e três meses, e ainda multa de R$ 1.687. Esse não é caso isolado, a maioria dos jovens negros no Brasil está com seu destino traçado: vão aumentar a estatística de genocídio ou aumentar as número nos presídios.

Como diz o ditado, “a Justiça é uma serpente que só morde os pés negros e descalços”. Enquanto Rafael Braga amarga mais de quatro anos de prisão arbitrária, políticos como Aécio Neves (PSDB), Romero Jucá (PMDB), Michel Temer (PMDB) e empresários como Joesley Batista (JBS-Friboi) continuam soltos gozando do nosso dinheiro roubado e tramando mais ataques aos nossos direitos.

Enquanto a Justiça é implacável para os trabalhadores brasileiros, empresários das maiores empreiteiras envolvidas nos escândalos de corrupção investigados pela Lava Jato não devolvem um décimo do que roubaram e são “punidos”, com um ano de prisão domiciliar em suas mansões construídas com dinheiro roubado e fruto da exploração de nossa classe.

Por isso, exigimos a libertação de Rafael Braga como símbolo de uma prisão política, racista e arbitrária!

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