ssembleias de trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) em todo Brasil decidiram entrar em greve a partir das 22h desta terça-feira (19) por tempo indeterminado. Em Pernambuco, os trabalhadores fizeram assembleias no Recife, em Garanhuns e nas subsedes do Agreste, em Caruaru, e do Sertão, em Petrolina. Nesta quarta (20), o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco (SINTECT-PE), realizará piquetes nos setores e, à tarde, haverá nova assembleia em horário ainda a ser definido.
Até o momento, também aderiram à greve trabalhadores de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Brasília, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Juiz de Fora, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Santos, São José do Rio Preto, Sergipe, Santa Catarina, Vale do Paraíba e Uberlândia.
As negociações junto à ECT vêm ocorrendo em Brasília, sem grandes avanços. Além de adiar a negociação por três vezes e jogar vários temas para depois do combinado, a empresa segue retirando cláusulas e sugerindo alterações que ferem apenas os direitos dos trabalhadores. O Comando Nacional de Mobilização e Negociação (CNMN) vai permanecer em Brasília para tentar manter as negociações.
Para o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (FENTECT), José Rivaldo da Silva, a empresa está promovendo o terrorismo contra os trabalhadores, sempre acusando as representações sindicais, com discurso de levar o empregado a refletir. “Reflexão a gente faz todos os dias nessa empresa. É melhor morrer vermelho do que viver o tempo todo amarelo e nós não vamos amarelar, entregando nossos direitos. A empresa já tinha essa proposta de retirada de direitos desde o primeiro dia. Vamos estar aqui no sábado, no domingo, qualquer dia que for necessário, mas não haverá nenhum recuo da categoria, vamos negociar na greve”, declarou.
Alterações e exclusões nas Cláusulas Saúde do Trabalhador:
– Fim da cláusula 33, que garante o pagamento das remunerações ao empregado inapto para o retorno ao trabalho, enquanto ele aguarda julgamento de recurso no INSS; – Mediação no TST da cláusula 28 (plano de saúde); – Redução dos dias de ausência remunerada para levar dependentes ao médico e redução da idade dos dependentes (de 18 para 6 anos); – Alteração de atendimento psicológico por atendimento psicossocial para vítimas de assaltos; – Fim da ginástica laboral, – Redução do número de cipeiros, evitando que mais trabalhadores tenham a estabilidade provisória.
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