ECT dobra aposta e empurra ecetistas para a greve

O recado da última rodada de assembleias dos trabalhadores dos Correios foi claro: a categoria compreende a atual situação da empresa e deseja colaborar de forma negociada na reestruturação dos Correios. Porém, o retorno que a direção da estatal apresentou em mesa de negociação foi o pior possível: retirada de direitos e ameaças ao ACT.

Buscando uma justificativa na crise, que não foi provocada pelos trabalhadores, a administração da Empresa de Correios e Telégrafos leva à mesa do Acordo Coletivo a disposição de negar a boa fé da categoria em querer colaborar na busca por uma saída da situação financeira da empresa. Se quer, apresenta uma proposta econômica, indicando a não renovação do Acordo Coletivo de Trabalho.

Avança injustamente contra direitos da categoria ecetista, cortando gratificação de férias, Ticket Peru e o que é pior, prepara o desmonte do Plano de Saúde.

Um rastro de pólvora que inflama os funcionários, que estão desde setembro aguardando uma definição pelo acordo. Frente a esse conjunto de ataques, a agenda de reação já está convocada para uma manifestação nacional no dia 10 de dezembro, em Brasília, e a instalação de assembleias de greve a partir do dia 16.