top of page

Sem anistia! Punição para os golpistas do 8 de janeiro




Neste 8 de janeiro de 2025 se completam dois anos da intentona golpista da extrema-direita brasileira. Um dia que deve ser associado ao famigerado 31 de março de 1964, data da instauração do golpe cívico-militar, que resultou em uma ditadura com duração de 21 anos. Dois anos que revelaram muitos crimes que seriam encobertos caso tentativa de golpe não se visse frustrada, entre estes o planejamento de sequestro, prisão e assassinato de um presidente e vice-presidente eleitos, além de um ministro do Supremo Tribunal Federal.


O ódio contra a República, a democracia e a cultura estavam explícitas em vários aspectos dos atos violentos na Esplanada dos Ministérios, naquele 8 de janeiro, faixas pedindo intervenção militar, teorias conspiratórias contra o resultado eleitoral no ano anterior, depredação contra as instituições republicanas, além do patrimônio público e cultural brasileiro. Não bastassem os quatro anos anteriores que o Jair Bolsonaro institucionalizou o ódio da necropolítica como prática de governo, de lá até hoje, passando por tentativa de explosão de aeroporto e homem-bomba na Praça dos Três Poderes, o bolsonarismo já deixou explicitar sua face de organização criminosa.


Por conta da série de atentados, em particular o cometido no 8 de janeiro de 2023, o Superior Tribunal Federal já condenou 310 pessoas, contadas a partir das mais de duas mil investigadas; as demais responsabilizadas tiveram penas mais brandas, fruto de acordos feitos com o Ministérios Público Federal e outras 122 ainda são consideradas foragidas.

  

A abolição violenta do Estado democrático de direito é um crime responsabilizado a partir da tentativa, pois caso tivesse êxito, como ocorrido em 1964, não haveria inquérito, investigação, processo e julgamento da prática criminosa. Assim, como fruto de um aprendizado republicano, é inaceitável a concessão de anistia para os executores, financiadores e planejadores do golpe, sendo este um processo que deve seguir aberto e que se assim não o fosse, o general da reserva, Braga Neto não estaria preso tentar atrapalhar as investigações.


A memória desses dois tristes momentos da história do Brasil deve servir de lição para as futuras gerações, por isso não podem ser esquecidas, para não serem mais repetidas ou aceitas.

Comments


bottom of page