A nós, classe trabalhadora – todos nós, Centrais Sindicais, Diretores Sindicais, Delegados Sindicais, Militantes e ativistas -, cabe o peso da responsabilidade de fazer essa análise, de montar estratégias, de continuar mobilizados e mobilizando, e de ter a capacidade de se reorganizar.
A classe trabalhadora não foi capaz de impedir a aprovação da reforma trabalhista, mesmo com várias ações significativas, como:
– No dia 28 de abril, que foi uma greve geral como há muito tempo não se via neste País;
– Em 24 de maio, ocupa Brasília, mesmo diante de um monstruoso aparato militar, balas de borracha, bomba de gás lacrimogênio, spray de pimenta e forte repressão policial os trabalhadores estavam em peso no enfrentamento;
– No dia 28 de junho, que já não foi tão massivo assim;
– No dia 11 de julho, quando foi gritante o silêncio dos trabalhadores nas ruas protestando contra a aprovação dessa reforma trabalhista que viola direitos constitucionais de todos nós. Onde estava o chamado das Centrais Sindicais para parar este País no dia mais importante?
É sobre essa capacidade de se reinventar e de se reorganizar da classe trabalhadora que devemos nos debruçar pois, certamente, na última terça (11), este País deveria ter parado, no mínimo com uma greve geral como a do dia 28 de abril e com um ocupa Brasília como o do dia 24 de maio juntos! Não ter acontecido NADA não foi por falta de tempo ou desconhecimento, pois a aprovação de reforma trabalhista era previsível, e desde a semana passada que havia sido aprovado na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o regime de urgência do projeto. OS TRABALHADORES NAS RUAS TERIAM FEITO A DIFERENÇA!!
Lamentavelmente, NADA! Pequenos focos de mobilizações não contam se compararmos com o 28 de abril e o 24 de maio, e para o tamanho do ataque que estava sendo desferido na plenária do Senado contra os trabalhadores.
Nesta quarta, dia 12 de julho, vem condenação de Lula?! Um completo desvio de foco para a classe trabalhadora, que não deve se deixar ludibriar. A condenação que deveríamos estar preocupados foi aprovada no dia 11 de julho, contra os trabalhadores! Esta condenação, sim deveria ser objeto de nossa discussão e de nossa preocupação!
Onde a classe trabalhadora está errando?
A LUTA CONTINUA SEMPRE! FORA TEMER! FORA KASSAB! FORA GUILHERME CAMPOS!
Carlos José do Nascimento Secretário Representante na Federação e Central Sindical do SINTECT-PE
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